terça-feira, novembro 14, 2006

FU...QUÊ?

Se há actividade humana que não entendo é o futebol.
Primeiro, começa pelo termo ‘futebol’ que degenerado do inglês dá uma coisa estranhíssima.
Já viram se disséssemos que “- vou buscar o meu sane para ir apanhar um sunlit.”
No velho português significa:”- vou buscar o meu filho para ir apanhar um solzito.”

Absurdo, não é?

Pois é como me soa o termo ‘futebol’.
Absurdo, porque temos uma correspondente portuguesa, sugerida por Eça de Queirós, para substituir o estrangeirismo.
Mas nós não ligamos à nossa cultura.
Quantas vezes ouvimos: “-Em França, é muito melhor….” Ou “-deveríamos seguir o exemplo de Inglaterra.”
Subserviência cultural.
Tudo tem que ser imitado do estrangeiro se não, vale nada.
Assumimos, que não vale a pena termos ideias nem sequer pensar em pô-las em prática.
O grande intelectual é o que “vomita” as ideias estrangeiras. Esse é que sabe!
Sábio que nem sonha dizer PÉNABOLA.
Pénabola.

Por favor leiam em voz alta.
Vá, com coragem: pénabola.

Depois é o jogo em si.

Dois grupos de homens a correrem a trás de uma bola.
Distinguindo-se por cores diferentes. Com grupos de assistência a gritarem e com os mais diversos objectos com as cores do seu grupo, a que chamam clube.
Muito britânico.

Muito absurdo. Mais absurdo que algumas histórias aqui contadas.
O que chutar a bola para dentro de uma estrutura com rede é o maior. Todos gritam golo e têm as mais estranhas reacções.

Os jogadores, que assumem atitudes de verdadeiros machos, deixam as atitudes de machões para se atirarem para os braços dos outros do seu grupo. Apalpam-se, beijam-se e fazem outras coisas que se não fossem feitas ali, no rectângulo do jogo, eram logo considerados maricas e outros adjectivos que não ficam bem aqui.

Mas há mais.
Os dirigentes desses grupos, os tais clubes, são considerados uns autênticos heróis.
Têm honras de toda a comunicação social como se fossem pessoas de grande responsabilidade.
De verdadeira irresponsabilidade são os comentários do tal futebol. Os comentaristas utilizam uma linguagem muito absurda. Do género : “rola o esférico…”
Tudo isto e muito mais, lembram a português que está em terras estrangeiras apesar de estar no seu país.