quarta-feira, novembro 08, 2006

JORNAL DO QUE SE PASSA E VAI PASSAR

No Algarve, Miguel Monsanto de Carvalho, quatro anos, mais conhecido como Bebé, está a construir um castelo de areia na Praia do Gigi.

Neste preciso momento, José A. Cardoso de Oliveira, sete anos, sardento, caixa d'óculos e mau carácter, prepara se para chutar o castelo de Bebé.

José A. não sabe, mas Bebé jamais irá esquecer o dia em que o seu castelo foi destruído. O trauma por ver uma obra sua deitada, literalmente, abaixo transformará Bebé num homem eternamente ressentido, incapaz de acabar um curso, formar uma família, fazer uma carreira e que acabará por entregar se ao álcool. Passados 27 anos deste fatídico dia, Bebé encontrará casualmente José A., executive bem sucedido, presidente de uma empresa importadora de bananas africanas, numa rua escura, ali pelos lados da praça de Frei de espada à Cinta. Não me perguntes porquê mas Bebé estará armado com uma pistola de alto calibre.

Bebé reconhecerá as sardas e os óculos de José A. imediatamente.

José A. mal terá tempo de pedir perdão. Em segundos, estará no chão como o castelo que neste exacto momento ele chuta.

Miguel , o Bebé, hoje escreve blogs inacabados.

Qualquer semelhança com a ficção é pura realidade.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

FAÇO COLECÇÃO DE SELOS

Quem tiver para a troca contacte a minha peixaria mesmo ao lado da rua que vem de baixo.

Ou então telefone para minha casa. No caso de eu não estar, pode também ligar-me para a barbearia onde o meu pai trabalha.

Se ainda assim não me conseguir encontrar, sempre pode ir á tabacaria do meu tio que fica em frente da mnha casa.

Peço o favor de não me fazer perder tempo com estampilhas inglesas. Essas não uso porque não têm assistencia garantida.

Qualquer outra coisa é só dar um toque entre o meio dia das três e as quatros para as cinco.

quarta-feira, 08 novembro, 2006  
Blogger Clarissa Felipe said...

Uia!
Esse é o blog inacabado mais legal que eu já vi.

E quanto ao tempo que levei pra escrever aquilo lá, bem, o tempo equivale à qualidade do poema, então...Dois minutos.

Volto por aqui. Beijo.

quarta-feira, 08 novembro, 2006  
Blogger Bruna Pereira Ferreira said...

Mas que bem, outro filho do surrealismo, será?
Virei com mais calma...
:)

quinta-feira, 09 novembro, 2006  
Blogger LucioInferro_Adolfo said...

Claire,

Obrigado pelo comentário.
Tens que nos ensinar (a mim e ao meu irmão lúcio) a fazer poesia pois o único poema que conhecemos é aquele do "bate leve levemente será chuva? Será vento? Gente não é certamente e a chuva não bate assim...fui ver...era o Toino"
Beijo.

Bruna Pereira,

É mais filho da Maria da Piedade...essa do su...quê não conhecemos.
Mas vêm com mais calma e toma um copo aqui na tasca c'a gente.
Vinho tinto?
Um beijinho para ti.

quinta-feira, 09 novembro, 2006  

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