quarta-feira, novembro 08, 2006

Pedro Saldanha Soares, 38 anos, filósofo formado numa universidade francesa, caminha pelo centro da cidade.

Está a reflectir sobre a sua tese de doutoramento baseada no conceito da não existência do destino.

Pedro defende que o homem, através do raciocínio dialéctico e da argumentação entrópica, pode controlar todos os passos da sua vida.
Pedro acredita que o destino não passa de uma invenção das almas ingénuas, uma herança abstracta da origem tribal da humanidade.
Pedro está a pensar nisto enquanto atravessa a rua sem perceber que um autocarro da linha Chelas Rossio vem na sua direcção.

Joaquim da Silva, 44 anos, ex interno da Casa Pia, motorista, ainda tenta travar o autocarro mas é tarde demais.

Enquanto tudo isto acontece, Lucio bebe um copo na tasca do TiZéZarolho mesmo em frente à casa da TiXica na nossa aldeia aqui de Frei de Espada à Cinta (ou santinho dependendo do espirro).