GUERRA DOS SEXOS

Aqui há tempos, numa dessas conversas de esplanada com a malta. Uma amiga atirou uma série de argumentos defendendo que o género feminino era muito superior ao masculino.
Trás e trás.
Porque temos a mania de superioridade, porque não sabemos respeitar sentimentos, porque somos de uma maneira geral mais imaturos. Enfim um sem numero de coisas que batem no orgulho masculino.

Explicou-se muito bem.
Como a maioria das mulheres sabem fazer.

Juntou (‘juntou’ não, juntaram porque a outra amiga lembrava mais argumentos) sentimentos à lógica e resultou numa bomba argumentativa muito poderosa.

Ali estavam dois cérebros com uma ligação entre hemisférios muito maior do que os nossos não preparados cérebros masculinos.
Olhei em volta e percebi que apesar de sermos quatro e elas duas, estávamos em nítida desvantagem.
Não havia direito!
A força estava do lado delas (frase tirada de um dos filmes da “Guerra das Estrelas”).

Pois.

Não me deixaram alternativa e só me lembrei de um argumento:

- Mas sabem que mais?
Têm toda a razão.
Nós, atrasado género da espécie humana somos tudo isso e muito mais. Somos também o que nos passa pelo cérebro e que muitas das vezes não o dizemos para não piorar a imagem que vocês (mulheres) têm de nós (homens).
Sim.
E olhem que as bocas de qualquer trolha ficam bem abaixo do que muitas vezes nos passa pela cabeça.
Somos o atraso da espécie humana. Não tenham dúvida.

Vi o olhar de surpresa das duas potências argumentativas, depois um sorriso de vitória e logo a seguir a desconfiança de quem vê o “inimigo” a passar-se com demasiada facilidade para o campo oposto.

Mas continuei:
- É por isso que gostamos tanto de vocês (mulheres). Tirando algumas excepções de homens de muito mau gosto que preferem o mesmo género.
O que fica demonstrado é que o género masculino é mais inteligente e com muito mais bom gosto do que os espécimes do género feminino, pois apesar de todas as nossas imperfeições queremos estar com quem tem mais qualidades.
E quantos mais espécimes, do vosso género, conhecer-mos mais perfeitos ficamos.

O nosso entendimento que como amigos, somos solidários independentemente das nossas diferenças, fechou a “guerra dos sexos” tão tonta e tão sem nexo.